sábado, 22 de setembro de 2012


Artigo sobre a Robótica Educacional
 
Enfase: ENIAC Challengers

Formada em 2005 por alunos do curso técnico em mecatrônica e informática, a equipe se reunia para cultuar interesses e abranger seus conhecimentos nas áreas de tecnologia, e posteriormente iniciando sua participação em competições de robótica ainda que sem apoio da instituição.

Posteriormente a equipe se firmou e obteve o apoio da instituição, tendo assim mais recursos para trabalhar, e participar ainda mais de competições. Um investimento promissor já que com o apoio da instituição os alunos conquistaram muitos títulos nacionais e inclusive internacionais. Dentre todos esses títulos em 2008 a equipe participou de um evento internacional que os consagrou como a segunda melhor equipe mundial de robótica, chegando a final de um dos torneios mais importantes da categoria. Daí em diante a equipe marcou presença em todos os campeonatos mundiais que participou, e com isso se tornou em 2011 a única equipe do mundo a conquistarem o tricampeonato mundial em uma das modalidades do torneio.

A equipe Eniac Challengers hoje é uma equipe que tem como principal foco trazer os conceitos tecnológicos básicos para que os alunos possam efetuar trabalhos voltados à inclusão social, sustentabilidade e educação. Em 2010 os Challengers desenvolveram o primeiro semáforo inteligente para deficientes visuais e em 2011 a equipe lançando os projetos bengala sensoriada, lixeira automatizada, e o projeto CRC (Centro de Reciclagem de Computador).







 
Pré-competição
Trabalho em equipe

Ao escolher os componentes que fará parte da equipe competidora, a instituição deve manter em foco que não se trata de escolher os melhores alunos, mas sim aqueles que melhor dominam cada segmento necessário para um bom andamento e funcionamento do robô, uma das etapas mais importantes é definir o líder da equipe, este deve obter qualidades destacáveis, pois, é ele quem será cobrado quanto a prazos, atividades realizadas e feedbacks da equipe, e assim cobrar da equipe, mantendo sempre a organização e um bom planejamento para que tudo ocorra conforme cronograma ate o fim das atividades. Com uma seleção e possível se obter informações dos alunos quanto a seus conhecimentos e técnicas, e com algumas aulas testes se escolhe então aqueles que se identificaram melhor com o material, e a partir daí treiná-los para um propósito bem maior que montar um robô: competir mundialmente. A preparação dos alunos não depende apenas de saber as técnicas, as tecnologias utilizadas, controle e monitoramento do robô, mas também se deve ter um tratamento emocional, para que diante das varias equipes ao redor do globo que irão participar, não demonstre medo e insegurança, afinal para ser um vencedor não e necessário vencer a competição, mas sim competir com toda a capacidade e fazer o melhor que se pode.



O trabalho em equipe e primordial nesta competição, sendo assim os integrantes da equipe devem ter um bom relacionamento pessoal e profissional, para que em determinadas questões possam resolver seus problemas de forma adequada sem maiores discussões. Para se obter um bom trabalho em equipe todos devem seguir suas funções previamente determinadas dentro do prazo ou o mais próximo possível, sem atrapalhar as funções dos demais e documentando informações que futuramente possam ser necessárias.
 
Dificuldades

Muitas dificuldades são enfrentadas pela equipe durante os processos de montagem do robô, treinos de pilotagem, treinos de estratégia de jogo e as demais tarefas, e nessas dificuldades os alunos devem se empenhar para se tornarem cada vez mais independentes, exemplo disto é a falta de comunicação entre eles, quando alguém executa uma tarefa diferente e não avisa a ninguém ou quando guarda peças ou ferramentas em lugares onde os outros não vão encontrar, esse tipo de atitude deve ser evitada, outras dificuldades podem ser observadas também no prazo de término das atividades, onde, caso não haja um controle o prazo é estourado, isso é proporcionado aos alunos não como pressão psicológica, mas sim como uma responsabilidade, para que futuramente possam passar esta atitude para adiante. Um grande problema que afeta a maioria das pessoas, e a insegurança e vergonha de discursar em publico, aspecto este que e proposto aos alunos participantes dos campeonatos de robótica, para que possam ter vivencia deste tipo de ambiente e futuramente em uma ocasião necessária possam realizá-lo de forma simples e com firmeza.
 
Experiência

A parte mais importante da competição e o que ela agrega aos alunos, o cargo e a experiência que traz com o tempo, crescendo o currículo de cada participante a cada desafio ultrapassado. Ao participar do processo de montagem dos robôs de competição, os alunos passam a ter um nível de conhecimento maior, pois as teorias vistas anteriormente nas aulas são aplicadas em pratica, cálculos, noções mecânicas e elétricas, dimensionamento de materiais e muitas outras matérias compostas em física, matemática, mecânica, eletrônica, em geral na engenharia. Com isso o aluno toma cada vez mais vivencia dos assuntos abordados que futuramente será exigido no mercado de trabalho, sendo assim e possível perceber que as competições da Vex Robotics, tornam seus competidores profissionais qualificados. Outro aspecto que fortalece e fornece ao aluno um melhor diferencial em relação a outros, são as viagens, tanto nacionais quando a equipe participa de competições regionais em outros estados, como também internacionais, que o melhor exemplo desta e a Vex Robotics Competition Gateway 2012, uma competição a nível mundial que oferece aos alunos participantes a oportunidade competir internacionalmente e conhecer uma grande potencia que são os Estados Unidos da America, onde a competição é realizada, e ainda não só conhecer outro país como também outras nacionalidades do mundo inteiro que estarão presentes para competir com o Brasil, afim não apenas de provar ser melhor, mas sim de expandir seus conhecimentos compartilhando idéias e experiências.



Nesta competição existe um aspecto que forca bastante os participantes, a comunicação que e feita a partir do inglês, sendo assim todos tem de saber ao menos o básico para que na hora não haja confusões, coisa que e bem difícil, pois, cada nacionalidade tem uma cultura e sotaque diferente, ou seja, hipoteticamente falando, todos falam inglês, mas cada um tem um inglês diferente.
 
Recursos

No Brasil são poucas as instituições que organizam equipes de robótica para este tipo e nível de competição, existem diversos obstáculos que impedem um bom desenvolvimento deste tipo de projeto. Uma das maiores objeções deste aspecto nas escolas e faculdades atualmente, é a falta de recursos para a aquisição de peças e kits didáticos, e ainda para a realização de viagens afim de competir nacional e internacionalmente.


Vex Robotics Championship
 Com a ampla linha de peças, dispositivos e equipamentos da Vex, e possível se desenvolver os mais variados tipos de robôs com diferentes tipos de habilidades. A cada ano a Vex desenvolve e organiza competições com tarefas e aplicações distintas, sendo que o objetivo e o mesmo: forçar o desenvolvimento, habilidade e criatividade dos participantes. Com regras fixas a cada competição, os competidores devem criar um modelo de robô que realize todos os desafios proporcionados, mas que também obedeça e atenda a todas as exigências do jogo. Na criação do robô as equipes enfrentam diversas barreiras, como por exemplo, qual tipo de estrutura utilizar, para se determinar este aspecto e necessário certo conhecimento e domínio do assunto que, conseqüentemente exigira um estudo mais minucioso, deve se levar em conta a aplicação do robô, as pecas e tecnologias autorizadas e ainda a disponibilidade das mesmas, este e um fator importante e desagradável se tratando do Brasil, pois, aqui não há nenhuma loja e nenhum representante da Vex, tornando assim difícil e dificultosa a compra de pecas em curto prazo, afinal nesta competição existe uma particularidade que deve ser considerada logo de inicio: a montagem dos robôs se restringe a utilização das peças padrões da Vex. Mesmo com todas as regras e restrições, é possível se desenvolver vários tipos de tecnologias no robô, afinal existe uma grande quantidade de dispositivos da Vex que podem ser utilizados para o mesmo propósito, basta que seja feito um estudo das aplicações de cada dispositivo, para que não haja um mau dimensionamento e assim futuramente ocorram problemas e imprevistos.



Vex Robotics Competition Gateway

Esta competição realizada em abril de 2012 foi de grande importância para a equipe, para se ter uma vivência real de desafios deste nível. Nesta competição participaram equipes de vários países, sendo que era possível diferenciar sem dificuldades as equipes veteranas das novatas. De acordo com vários aspectos observados nas equipes, principalmente quanto a recursos, entende-se a facilidade ou dificuldade que a equipe enfrenta para participar de campeonatos deste nível. As equipes já acostumadas a participar deste nível de competição, utilizam de novas tecnologias, pois, como citado anteriormente, grande parte dispõe de patrocínios, incentivos das instituições e até ajuda do próprio país, coisa que equipes como as do Brasil não dispõem, sendo assim fica fácil saber o resultado da competição.


 
 

Esta competição se dividiu em duas modalidades, no qual separava as equipes do ensino técnico (high school) e as equipes da faculdade (college). O objetivo desta competição era que cada equipe construísse seus robôs específicos de modo a realizar as provas com a maior perfeição possível. Na modalidade High School, para cada equipe era permitido a participação de um robô, na partida era necessário uma união de dois robôs para competir contra outros dois, sendo assim havia sorteios para definir qual seriam as alianças de equipes que, variavam de partida para partida. Na modalidade College, cada equipe participava com a sua própria aliança, assim tinha uma vantagem sobre o nível técnico, pois, a partir de sua estratégia os robôs poderiam ser montados para funções diferentes de acordo com as regras.

Considerações Finais

Atuando principalmente na capacitação profissional, social e psicológica dos alunos, a equipe ENIAC Challengers procura trabalhar os eventos e competições que participa para que eles desenvolvam as competências essenciais para se tornar um profissional de sucesso, tais como, trabalho em equipe, liderança, perseverança, paciência, humildade, respeito, organização e responsabilidade.



Por: Alan Cavalcante Maciel



 

domingo, 8 de julho de 2012

Mini Bobina de Tesla



Atualização: 08/07/2012

domingo, 20 de novembro de 2011

Driver para Motores de Passo

Os motores de passo são dispositivos eletromecânicos que convertem pulsos elétricos em movimentos rotacionais, eles possuem pólos magnéticos compostos por enrolamentos, estes são relacionados ao número de passos que o motor é capaz de dar. As características deste motor quanto a direção, velocidade e posicionamento angular estão diretamente relacionados à sequencia de pulsos aplicados as bobinas do motor. O controle desses pulsos é feito por meio de circuitos eletrônicos denominados controladores ou drivers, que adéquam os pulsos de acordo com a aplicação do motor.
Neste arquivo é apresentado um circuito para o controle dos motores de passo, tendo como aplicação uma mesa coordenada de três eixos, este driver pode movimentar três motores distintos, tendo os pulsos de entrada o acoplador óptico é acionado, este aciona o resistor de base e consequentemente o transistor que fecha o circuito energizando a bobina do motor, com a sequencia certa dos pulsos as bobinas são energizadas fazendo com que o motor gire, tendo como proteção um diodo em cada bobina, para combater a força contra-eletromotriz.
Para montar este circuito são necessários os seguintes componentes:

·         12 acopladores ópticos 4N25 ou 4N26;
·         12 transistores TIP 122;
·         12 diodos 4001 ou 1N4148;
·         12 resistores 150 Ω;
·         12 resistores 1 kΩ;
·         Placa para circuito impresso.

A seguir o circuito do driver:


domingo, 9 de outubro de 2011

Transformadores Monofásicos

Em um trabalho da faculdade eu fiz uma planilha para cálculo de transformadores, esta planilha gera todas as informações necessárias para a construção de um transformador. Está disponível para download em:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe0S8AF/calculo-transformadores

Definições de um transformador monofásico


Onde:
Vh (Vp, V1): Tensão de enrolamento primário;
Vx (Vs, V2): Tensão de enrolamento secundário;
Ih (Ip, I1): Corrente de enrolamento do primário;
Ix (Is, I2): Corrente de enrolamento do secundário;
Nh (Np, N1): Número de espiras do primário;
Nx (Ns, N2): Número de espiras do secundário.

Relação de transformação ( )





Isolação do transformador;
A isolação pode ser calculada pela relação a seguir:
(A frio)
 







(A quente)







Onde:
Vn: Tensão nominal de enrolamento;
P(KVa): Potência nominal (KVa);
F: Frequência da tensão de alimentação.
A isolação a frio é medida pelo megôhmetro antes de energizá-lo, para verificar as condições de isolação dos enrolamentos e material isolante.
A isolação a quente é medida pelo megôhmetro após o transformador ser aquecido a uma temperatura de 75˚C (estufa), para avaliar a isolação em condições nominais de operação.
Os valores medidos devem ser maiores que os calculados.
Polaridade do transformador monofásico (Relação de fase)

domingo, 2 de outubro de 2011

Lixo Eletrônico

Lixo Eletrônico
O lixo eletrônico é proveniente de equipamentos eletroeletrônicos que o ser humano passa grande parte de sua vida em constante contato com eles, tais como aparelhos celulares, computadores, televisores, agendas eletrônicas, etc. Quando estes aparelhos perdem suas funções, por danos, pelo tempo de vida útil, ou por estarem obsoletos a novas tecnologias, se tornam resíduos, e estes contêm substâncias que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente. Para que isso não aconteça devem ter o destino correto, no entanto grande parte do lixo eletrônico gerado pela população, não são descartados corretamente, e esta ação está crescendo cada vez mais devido às pessoas não terem consciência do perigo que estão causando e principalmente devido ao avanço contínuo da tecnologia, lançando a cada dia novos produtos descartáveis e com tecnologia que superam os aparelhos anteriores.

Impactos Causados pelo Lixo Eletrônico
Nos últimos anos vem crescendo a preocupação com o lixo eletrônico, devido às conseqüências obtidas pelo seu descarte incorreto. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a cada ano o mundo produz pelo menos 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, o correspondente a 5% de todo o lixo gerado pela humanidade. Os resíduos provenientes do avanço tecnológico, cujo anteriormente eram celulares, computadores, aparelhos de som e baterias entre outros, se tornam lixo contaminado que liberam substâncias tóxicas, altamente prejudiciais à saúde. Ao serem descartados junto ao lixo comum, este tipo de lixo libera as substâncias químicas contidas dentro dos componentes eletrônicos tais como mercúrio, Cadmo, chumbo, cobre, arsênio, lítio, entre outros, estas substâncias penetram o solo e contamina os lençóis freáticos, que conseqüentemente contaminará plantas e animais através da água. Além disso essas substâncias pesadas causam inúmeras doenças ao ser humano. A seguir serão citados alguns problemas causados por alguns componentes do lixo eletrônico, de acordo com Gonçalves (2007):
·         Chumbo
O chumbo pode causar danos ao sistema nervoso central e periférico, sistema sanguíneo e nos rins dos seres humanos. Efeitos no sistema endócrino também têm sido observados e seu sério efeito negativo no desenvolvimento do cérebro das crianças tem sido muito bem documentado. O chumbo se acumula no meio ambiente e tem efeitos tóxicos agudos e crônicos nas plantas, animais e microorganismos. Produtos eletrônicos constituem 40% do chumbo encontrado em aterros sanitários. A principal preocupação do chumbo encontrado em aterros sanitários é a possibilidade do mesmo vazar e contaminar os sistemas fornecedores de água potável. As principais aplicações do chumbo, em equipamentos eletrônicos são:
- solda nos circuitos impressos e outros componentes eletrônicos;
- tubos de raios catódicos nos monitores e televisores
Em 2004, mais de 315 milhões de computadores se tornaram obsoletos nos Estados Unidos. Isto representa cerca de 954 mil toneladas de chumbo que podem ser despejados no meio ambiente.
·         Cádmio
Os compostos a partir do cádmio são classificados altamente tóxicos, com riscos considerados irreversíveis para a saúde humana. O cádmio e seus compostos acumulam-se no organismo humano, particularmente nos rins. É absorvido através da respiração, mas também pode ser absorvido através de alimentos, causando sintomas de envenenamento. Apresenta um perigo potencial para o meio ambiente devido a sua aguda e crônica toxicidade e seus efeitos cumulativos. Em equipamentos elétricos e eletrônicos, o cádmio aparece em certos componentes tais como em resistores, detectores de infravermelho e semicondutores. Versões mais antigas dos tubos de raios catódicos também contêm cádmio. Além disso, o cádmio é usado como estabilizador para plásticos.
·         Mercúrio
Quando o mercúrio se espalha na água, transforma-se em metil-mercúrio, um tipo de mercúrio nocivo para a saúde do feto e bebês, podendo causar danos crônicos ao cérebro. O mercúrio está presente no ar e, no contato com o mar, como já foi mencionado, transforma-se em metil-mercúrio e vai para as partes mais profundas. Essa substância acumula-se em seres vivos e se concentra através da cadeia alimentar, particularmente via peixes e mariscos. É estimado de que 22% do consumo mundial de mercúrio são usados em equipamentos elétricos e eletrônicos. Usado em termostatos, sensores de posição, chaves, relés e lâmpadas descartáveis. Além disso, é usado, também, em equipamentos médicos, de transmissão de dados, telecomunicações e telefones celulares. O mercúrio usado em baterias, interruptores de residências e placas de circuito impresso, embora em uma quantidade muito pequena para cada um destes componentes, considerando os 315 milhões de computadores obsoletos, até o ano 2004, representam cerca de 182 toneladas de mercúrio, no total.
·         Plásticos
Baseado no cálculo de que mais de 315 milhões de computadores estão obsoletos e que os produtos plásticos perfazem 6.2 kg por computador, em média, haverá mais do que 1.814 milhões de toneladas de plásticos descartados. Uma análise encomendada pela Microelectronics and Computer Technology Corporation (MCC) estimou que o total de restos de plásticos esteja subindo para mais de 580 mil toneladas, por ano. O mesmo estudo estimou que o maior volume de plásticos usados na manufatura eletrônica (cerca de 26%) era de polinil clorido (PVC), que é responsável por mais prejuízos à saúde e ao meio ambiente do que a maior parte de outros plásticos. Embora muitas empresas fabricantes de computadores tenham reduzido ou parado com o uso do PVC, ainda há um grande volume de PVC contido em restos de computadores.
O Ministério do Meio Ambiente acredita que, entre 1996 e 1999, tenham sido descartadas, em todo o Brasil, 11 toneladas de baterias. Cerca de 80% delas tinham a combinação de níquel e cádmio, a mais tóxica.

Radiografia do Lixo Eletrônico
Ao comprar, usar ou descartar um computador, ou um aparelho celular as pessoas nem imaginam quais os tipos de materiais e substâncias que estão contidas dentro do equipamento, tanto substâncias tóxicas quanto materiais nobres como ouro e platina que acabam no mesmo destino, lixo. A tabela 1 mostra propriedades eletrônicas de uma tonelada de lixo eletrônico misto.


Tabela 1.

Material
Porcentagem


Ferro
Entre 35% e 40%
Cobre
17%
Chumbo
Entre 2% e 3%
Alumínio
7%
Zinco
4% a 5%
Ouro
200 a 300 gramas
Prata
300 a 1000 gramas
Platina
30 a 70 gramas
Fibras plásticas
15%
Papel e Embalagens
5%
Resíduos não recicláveis
Entre 3% e 5%

Fonte: Programa Ambiental das Nações Unidas

Ouro no Lixo Eletrônico
            Segundo Ossamu (2007), na Europa e Estados Unidos, os maiores produtores de lixo eletrônico do mundo, 70% de todo o lixo é enviado gratuitamente ou vendido por preço simbólico à China. Na cidade de Guiyu, no litoral do país, com 150.000 habitantes, a principal riqueza é o garimpo no lixo eletrônico. Oito em cada dez habitantes, incluindo crianças e idosos passam o dia destroçando carcaças de computadores e outros aparelhos em busca de metais que possam ser recuperados e revendidos, como cobre, aço e ouro. As estatísticas dizem que há mais ouro em uma tonelada de lixo eletrônico, do que em 17 toneladas do minério bruto do metal, e que as placas de circuitos eletrônicos são 40 vezes mais ricas em cobre do que o minério bruto. No entanto há males nesta ação, como já foi dito os componentes e placas, estão recheados de metais pesados, como chumbo, mercúrio, cádmio e berílio, altamente tóxicos, as placas de circuito eletrônico são desmontadas em fogareiros de carvão, as carcaças de PVC também são derretidas para reaproveitamento, um processo que libera gases tóxicos. Estudos constataram que o solo da região está contaminado por metais, não resta uma só fonte de água potável em um raio de 50 quilômetros da cidade, e estas informações não tiram o entusiasmo dos recicladores, pois, este tipo de reciclagem constitui um negócio tão promissor que outros países como Índia e Nigéria passaram a disputar com os chineses os carregamentos de lixo eletrônico.

Utilização de Lixo Eletrônico para Aprendizagem
Atualmente várias instituições estão criando programas de conscientização sobre lixo eletrônico com foco em desenvolvimento sustentável. Entre eles a maioria utiliza este recurso para promover a aprendizagem através de cursos voltados para a área de informática e eletrônica, utilizando lixo de computadores para fazer experiências reais, algumas instituições ainda recuperam peças e montam computadores a partir das sucatas para serem doados a comunidades carentes. Esta é uma grande ação que visa um futuro consciente, no entanto o lixo eletrônico utilizado neste fim é apenas uma fatia da enorme quantidade gerada pela humanidade.

Considerações Finais
            A humanidade está em uma era de grandes tecnologias, de criações e aprimoramentos contínuos, e devido a isso está gerando uma preocupação que antes não se dava muita importância, mas que agora está resultando em uma conseqüência negativa. A cada ano cresce o número de lixo proveniente da tecnologia, e junto a este cresce também a falta de consciência em relação ao seu destino, atualmente a Lei 13.576/09, diz que o fabricante do produto é responsável pelo resíduo que ele se tornará, muitas empresas obedecem a lei e recolhem lixos provenientes de seus produtos, mas ainda há muito a fazer, muito mais que pontos de entrega de lixo e programas de conscientização, é preciso tomar uma atitude global para a liquidação deste problema. Existe um provérbio indígena que diz: “Somente quando a última árvore for cortada, o último peixe pescado e o último rio for poluído, é que o homem vai perceber que não poderá comer dinheiro”.


Referências Bibliográficas
GONÇALVES, A.T. O lado obscuro da high tech na era do neoliberalismo: seu impacto no meio ambiente. Disponível em: http://lixotecnologico.blogspot.com/2007/07/o-lado-obscuro-da-high-techna-era-do.html acessado em 04 de outubro de 2007.
OSSAMU, C. Revista Veja Especial Tecnologia – 08/2007. O ouro está no lixo. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_248323. shtml acessado em 26 de junho de 2011.
BOULLOSA, C. – ASCOM, 2011, Projeto chama a atenção para a reutilização de lixo eletrônico e para inclusão digital. Disponível em: http://www.uema.br/noticias.asp? Contador=2195&coluna=1&TIPO=1 acessado em 05 de agosto de 2011.
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, LEI Nº 13.576, DE 6 DE JULHO DE 2009, Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/ lei/2009/lei%20n.13.576,%20de%2006.07.2009.htm acessado em 05 de agosto de 2011.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bobina de Tesla

Construindo uma bobina de Tesla.

Um dos meus maiores projetos realizados foi uma bobina de Tesla, que para ser construída não é difícil, mas para explicar ... Bom, eu à construi por motivos de curiosidades, para ver como era seu funcionamento, para realemente sentir na pele o fenômeno. A área de energia é muito interessante para se estudar.

Para construir uma bobina dessas são necessários alguns materiais que vou citar de acordo com o que usei:

Fio esmaltado AWG 32
Fio esmaltado AWG 14
50 cm de cano de água pvc
4 chapas de vidro 45cm x 45 cm
Papel alumínio
Placa de circuito impresso
Cola permanente
Madeiras ou materiais isolantes para fazer os suportes.
Transformador de neon

A montagem foi feita de acordo com o video a seguir:



Uma das partes mais chatas de se fazer são os capacitores, é possível calcular o valor dos mesmos com uma fórmula, caso queira ver acesse:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAepioAI/calculo-capacitor


Veja meus vídeos no youtube:

http://www.youtube.com/user/ALANANARCHYA?feature=mhee

domingo, 3 de julho de 2011

Potência em Tensão Alternada

Em tensão alternada são três as potências:

- Potência Ativa
- Potência Aparente
- Potência Reativa

Potência Ativa (P)

É a que realiza o trabalho (calor, luz, movimento)

A fórmula para calculá-la se da por:

P = V . I . Cosf

Onde:

V = Tensão
I = Corrente
Cosf = Fator de Potência

Sua unidade de medida é o Watt (W).

Potência Aparente (S)

Potência total absorvida por uma instalação elétrica

Sua fórmula se da por:

S = V . I

Sua unidade de medida é o Volt-Ampére (VA)

Potência Reativa (Q)

Utilizada para criar fluxo magnético necessário ao funcionamento de motores, transformadores e reatores.

Sua fórmula se da por:

Q = V . I . Senf

Sua unidade de medida é o Volt-Ampére-reativo (VArh)


Triângulo das Potências














Fator de Potência (Cosf)

É a razão ente as potências ativa e aparente.

Cosf = P/S

Ele nos indica a eficiência energética de ua instalação que pode ser capacitivo ou indutivo. O aparelho destinado a medi-lo denomina-se cossifímetro. O valor máximo do fator de potência é 1 que é o caso de circuitos resistivos.

Ex.









Para um Cosf = 0,85

85% da energia realiza o trabalho
15% da energia constante são perdas.

Para instalações elétricas a concessionária exige um fator de potência de 0,92 indutivo e capacitivo sob pena de multa na conta de energia elétrica. Decreto nº 479 20/03/1992 ANEEL.
Ca so o fator de potência esteja abaixo de 0,92 ( indutivo ou capacitivo) torna-se necessário sua correção. Para a correção do fator de potência utiliza-se os bancos de capacitores.

X = 1 / 2 . π . F . C

onde:

F = Frequência
C = Capacitância



Veja meus videos no youtube.

http://www.youtube.com/user/ALANANARCHYA?feature=mhee